Além de representar uma economia de até 98% nas contas dos consumidores, a energia solar também gera eletricidade limpa, renovável e sustentável. Não produz resíduos nem ruídos.
No Brasil, as fontes de energia mais poluentes são carvão mineral, energia nuclear, petróleo e gás natural. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), esses tipos de geração correspondem a 16,5% da matriz energética brasileira frente a 1,6% do que é gerado por energia solar, hoje, no País. Essa última, além de bem mais limpa e renovável, é sustentável: não joga poluentes no ar e também não faz barulho.
Apesar do tímido crescimento geral, a velocidade com que cresce a energia solar no Brasil é impressionante. A Viking Soluções em TI e Energia Solar analisou dados sobre a geração de energia solar em Petrolina e Juazeiro, e verificou que nos últimos quatro meses foi registrado um aumento de 40% nas instalações de energia solar fotovoltaica em unidades como residências e comércios da região (os dados são dos relatórios mensais liberados pelas concessionárias de energia CELPE e COELBA). E isso se deve principalmente pelo impacto desse tipo de geração no orçamento de famílias e empresas do Médio Vale do São Francisco.
Petrolina e Juazeiro economizam mais de R$ 30 milhões ao ano com energia solar
Contudo, se pensada em termos de impacto ambiental, a potência total de 23 megawatts-pico instalada até o momento, em Petrolina e Juazeiro, representaria a não emissão de mais de 20.000 toneladas de gás carbônico por ano na atmosfera. Ou se preferir, mais de 500 mil árvores plantadas anualmente!
Ao contrário dos combustíveis fósseis, a energia solar não emite gases poluentes como os óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de carbono (CO2) e dióxido de enxofre (SO2), que são prejudiciais tanto à saúde como ao meio ambiente. Há até mesmo um estudo publicado pelo periódico Environmental Research Letters, mostrando que se os EUA chegassem a 20% de fontes renováveis em sua matriz energética até 2030, esse feito levaria a mais de US$ 14 bilhões economizados em custos relacionados à saúde e ao clima, enquanto empurrar a barra para 26% elevaria esse número a mais de US$ 20 bilhões em economia climática – sim, alterações no clima causam muito prejuízo.
Energia renovável é bem melhor para sua saúde
Mas não só de gás carbônico a energia solar também pode nos livrar. Ela ajuda a reter água nas barragens otimizando a gestão dos recursos hídricos e energéticos: Petrolina e Juazeiro, por exemplo, retêm mais de 550 bilhões de litros de água por ano na barragem de Sobradinho com a geração registrada até o último mês. Pensada de outro ângulo, a energia solar poderia até mesmo evitar a construção de novos reservatórios que não permitiriam os rios fluírem naturalmente, ou causariam o desmatamento de área verdes para construção.
Seja pelo impacto social ou climático, seja para o bem-estar e a saúde, a energia solar fotovoltaica é uma realidade na região do Médio Vale do São Francisco, que se bem utilizada trará ganhos econômicos e ambientais para quem puder ter acesso a esse tipo de geração distribuída.
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