Pesquisadores na Dinamarca desenvolveram nanofibras à base de água revestidas com uma substância fotovoltaica biológica, que pode ser facilmente injetada no organismo para regenerar células do coração e do cérebro.
Uma pesquisa liderada pela Universidade Aarhus da Dinamarca levou à criação de uma tecnologia fotovoltaica orgânica e microscópica, que seus desenvolvedores afirmam poder ser usada para criar no corpo estruturas de estimulação neural, com controle de luz.
A tecnologia consiste em nanofibras à base de água revestidas com uma substância fotovoltaica biológica que pode ser facilmente injetada no corpo, segundo os pesquisadores. Apesar de não estarem em contato direto com a luz, os semicondutores orgânicos de nanomateriais fotovoltaicos, embutidos nas nanofibras, podem receber pequena quantidade de luz capaz de penetrar nos tecidos.
“Queremos desenvolver um método de tratamento terapêutico sem fio, não invasivo, seguro e muito preciso que possa regenerar as células do coração e do cérebro por meio de uma fonte de luz externa”, disseram os criadores da tecnologia.
Principal impacto
A idéia é que células excitáveis no coração e no cérebro possam ser regeneradas por estimulação elétrica.
“A pesquisa já demonstrou que a estimulação elétrica pode fazer com que os neurônios se regenerem”, afirmou a equipe de pesquisa. Menglin Chen, um dos autores de um artigo que explica os resultados, acrescentou: “Se formos bem-sucedidos, isso terá um grande impacto na implementação de novos métodos de tratamento para várias condições cerebrais e cardíacas no futuro”.
Energia renovável é bem melhor para a sua saúde
O projeto de pesquisa, financiado pelo governo dinamarquês com DKK 4,2 milhões (R$ 2,54 milhões) é descrito no estudo Estimulação Neural por Luz Visível em Fibras Fotocatalíticas de Nitreto de Carbono Grafítico/Grafeno, publicado na Applied Material & Interfaces.
Uma outra pesquisa dos Estados Unidos, publicada no ano passado, demonstrou como a tecnologia fotovoltaica poderia ser usada para matar células cancerígenas. Essa inovação envolveu corantes fluorescentes ativados por luz com base na tecnologia fotovoltaica, que poderiam ser usados para diagnóstico de doenças, cirurgia guiada por imagem e terapia personalizada, específica do local afetado.
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