Elaboramos um exemplo de como funciona a cobrança do Fio B, para entender melhor como isso aconteceria na prática.
Iniciando os cálculos da cobrança do Fio B
Suponhamos que haja isenção total de ICMS sobre a tarifa de energia em uma conta residencial monofásica sob jurisdição da CELPE, no Estado de Pernambuco. Nesse caso, a cobrança do Fio B seria calculada da seguinte forma:
Consumo da Unidade: 1.000 kWh
Geração: 1.000 kWh
Consumo Instantâneo: 200 kWh
Energia Injetada na Rede: 800 kWh
Consumo Registrado da Rede: 800 kWh
Tarifa de energia do kWh: R$ 1/kWh (TE + TUSD)*
Parcela do Fio B que compõe a TUSD: R$ 0,22/kWh.
Lembremos que os 200 kWh foram consumidos instantaneamente (sem passar pelo medidor), ele não é registrado pela distribuidora.
O cálculo é feito apenas sobre os 800 kWh consumidos da rede após injetados – quando não há geração de energia solar, como acontece à noite.
Para consumidores antes da tarifa progressiva
Com os 800 kWh multiplicados pela tarifa cheia de R$ 1,00/kWh, chegaríamos a R$ 800,00 poupados a quem tem direito adquirido.
Isso acontece porque os consumidores com geração fotovoltaica anterior à cobrança progressiva podem compensar 100% da tarifa de energia, que inclui a TUSD Fio B, arcando somente com a taxa de disponibilidade.
E para novos consumidores?
Para os novos consumidores com geração solar fotovoltaica protocolada a partir de 2023, a cobrança do Fio B passa a corresponder, neste primeiro ano, a 15% dos R$ 0,22/kWh.
Assim, teria de ser pago uma espécie de pedágio de R$ 0,03 por kWh gerado. Neste exemplo, o valor desembolsado pelo uso do fio B ao consumidor é de R$ 24,00 pelos 800 kWh, se consumido o total injetado.
Explicando melhor a economia
Colocando de outra forma, se considerarmos a tarifa cheia de energia menos o valor da parcela do Fio B que não será compensada conforme o período vigente, temos a tarifa de energia que pode ser abatida integralmente por kWh da geração injetada e consumida: R$ 1,00 – R$ 0,03 = R$ 0,97/kWh.
Logo, para 800 kWh multiplicados por R$ 0,97, é possível uma economia de R$ 776,00 para essa conta.
Quando tiver dúvidas, pergunte à Viking!
Lembre-se que esses cálculos podem variar de acordo com a normas da Lei 14.300 para diferentes categorias de consumo de energia e é sempre importante entrar em contato com a Viking Energia e TI para consultar sobre o caso gratuitamente.
A equipe da Viking Energia e TI está sempre à disposição para auxiliar no entendimento dessas cobranças e ajudar a encontrar a melhor solução para cada situação específica.
*Tarifa de Energia (TE) X TUSD Fio B
Tarifa de Energia (TE) | TUSD Fio B | |
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Finalidade | Cobrar pelo consumo de energia elétrica. | Cobrar pelo uso do sistema de distribuição de energia elétrica. |
Valor | Proporcional ao consumo de energia elétrica. | Influenciada pela área de concessão da distribuidora, pelo número de consumidores atendidos e pelo valor total de investimentos em infraestrutura de distribuição de energia elétrica na região. |
Fatores que afetam o valor | Consumo de energia elétrica, bandeiras tarifárias, impostos e encargos setoriais. | Área de concessão da concessionária, número de consumidores atendidos e investimentos em infraestrutura de distribuição de energia elétrica. |
Unidade de medida | R$/kWh | R$/kWh |