A energia fotovoltaica é um dos elementos considerados em certificações sustentáveis e, desde 2007, a entidade certificadora no país, a GBC Brasil (Green Building Council), acumulou 1.400 registros e emitiu 552 certificados LEED nas áreas de comércio, indústria e serviços.
Edifícios sustentáveis certificados são uma tendência ascendente no mercado imobiliário brasileiro. O “rótulo verde” mais reconhecido mundialmente pela sustentabilidade dos edifícios é o LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental), emitido pela entidade certificadora do selo no país, o GBC Brasil (Green Building Council).
Estudo realizado por dois pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisando mais de 2.000 edifícios comerciais na cidade de São Paulo, mostrou que edifícios sustentáveis têm uma revalorização entre 4% e 8% por metro quadrado de aluguel. A taxa de vacância é de 28,6%, contra 34,1% dos edifícios não certificados. De acordo com o GBC Brasil, os edifícios “verdes” têm taxas de condomínio 15% a 25% inferiores às cobradas em edifícios convencionais.
6 motivos para ter energia solar em Petrolina já!
Abaixo, estão alguns exemplos de edifícios com certificações LEED:
Florianópolis
Na capital catarinense, a Dimas Volvo será a primeira concessionária de carros Volvo no Brasil e a quarta no mundo a obter o LEED. O processo de certificação está em sua fase final. Com potência de 34,56 kWp, o sistema fotovoltaico foi instalado na loja da empresa pela subsidiária.
O diretor Daniel Dimas da Silva também pretende levar a tecnologia para outro negócio do grupo Dimas, a construtora. “Todos os nossos edifícios com viabilidade técnica terão energia fotovoltaica”, diz o empresário. A instalação de painéis solares já está contratada no D/Garden Residence Club, um condomínio residencial multifamiliar que será entregue em 2021 no bairro Córrego Grande.
De fazenda a cidade criativa
Energia renovável é um conceito relevante para a Pedra Branca Empreendimentos, que transformou uma fazenda familiar de 250 hectares em Palhoça, perto de Florianópolis, em um bairro planejado com o conceito de cidade criativa: a Cidade Universitária de Pedra Branca. Em novembro de 2016, a empresa investiu R$ 130.000 em um sistema fotovoltaico que foi alugado para a Atrium Offices, um condomínio com 213 salas e lojas comerciais.
Instalados na parte superior do edifício, os equipamentos com 31 kWp distribuídos em 99 módulos fotovoltaicos geram cerca de 38 mil kWh por ano. O investimento inicial deverá se recuperar em seis anos. O gerente de infraestrutura da Pedra Branca, Ramiro Nilson, afirma que “nossa ideia é usar cada vez mais essa tecnologia, o que traz benefícios para todos, com sustentabilidade”.
Em Petrolina, lei abate 0,5% do IPTU por 20 anos em unidades com energia solar
O primeiro cinema certificado
Inaugurado em janeiro, o Cinema A de Itajubá (MG) será o primeiro cinema brasileiro a obter o LEED. O projeto de construção fornece boas práticas de sustentabilidade, que vão desde o uso de chuva e iluminação natural até detalhes como a filtragem da água utilizada na obra. Com uma potência de 123,75 kWp, o sistema fotovoltaico fornecerá mais da metade da energia consumida e economizará quase R$ 150.000 (US$ 37.000) apenas no primeiro ano de operação, pagando-se em três ou quatro anos.
“Precisamos nos mobilizar para ter um mundo melhor”, diz Sílvio Gutiérrez, sócio-gerente da Cine A. Sua empresa possui 41 salas de cinema em cinco estados (SP, MG, RJ, PA e GO). “Nos próximos cinco anos, pretendemos fornecer energia solar a todos os nossos cinemas”, diz ele.
Casa verde
A primeira casa sustentável no Mato Grosso do Sul recebeu sua certificação oficial em junho. Construída em Campo Grande pela equipe Bee Arquitetura, a residência atende a vários requisitos do GBC Brasil, desde a fase de projeto até a construção e operação. Seus atributos incluem gerenciamento de drenagem de águas pluviais, torneiras com controle de fluxo, paisagismo com espécies nativas, painéis de aquecimento solar, uso de madeira certificada e medidor de dióxido de carbono.
O sistema fotovoltaico da Bee House tem uma potência de 2,16 kWp e uma geração média mensal de 273 kWh, garantindo uma economia entre 40% e 50% na conta de energia e um retorno do investimento de até sete anos.
+++